terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sistemas Operacionais

Quando realizamos algum trabalho em papel, como  escrever um documento, fazer um desenho, um gráfico ou um projeto, ao terminá-lo tomamos o cuidado de guardá-lo em algum lugar, como uma pasta, e posteriormente também guardarmos essa pasta em algum lugar, como uma gaveta de um armário. Além de proteger o trabalho feito, isso permite que possamos recuperá-lo rapidamente quando precisarmos utilizá-lo novamente.

Quando produzimos um trabalho em um computador, a mesma situação ocorre: precisamos guardar nosso trabalho para podermos utilizá-lo posteriormente. O arquivo eletrônico (ou simplesmente arquivo) é a estrutura lógica utilizada para guardar os nossos dados no computador, da mesma forma que o papel guarda os trabalhos feitos à mão (com canetas ou lápis), datilografados em máquinas de escrever, etc. O ato de guardar um arquivo no computador é denominado salvamento - salvar um arquivo. Salvar trabalhos em computador tem uma grande vantagem em relação ao papel: uma vez salvo um trabalho, ele poderá ser impresso ou alterado quantas vezes for necessário, e de forma extremamente fácil, o que não ocorre com os trabalhos feitos em meios não eletrônicos. Os arquivos são salvos em dispositivos denominados discos (que são meios de armazenamento magnéticos) e, por uma questão de organização, os arquivos são “colocados” em compartimentos denominados pastas ou diretórios.

Uma pasta ou diretório (nome utilizado em versões anteriores ao Windows 95, como o Windows 3.xx ou MS-DOS) é um local onde podem ser armazenados arquivos de programas, de documentos, etc. Imagine o disco rígido do computador como uma grande gaveta cheia de pastas. A melhor forma de arrumar a gaveta é etiquetar cada pasta e colocar dentro de cada uma os documentos referentes a ela. Da mesma forma funcionará seu HD (“Hard Disk” - disco rígido, em inglês), porém com uma característica adicional: as pastas em um disco podem conter outras pastas, nesse caso chamadas de subpastas (ou subdiretórios).

Nomes de Arquivos e Pastas
          
Todos os Arquivos e Pastas possuem um nome e uma extensão, separados por um ponto. O nome é obrigatório e pode possuir até 256 caracteres; a extensão é opcional e pode conter até três caracteres.


Extensões de Arquivos

A maioria dos programas coloca a extensão automaticamente ao salvar seus arquivos. Os nomes dos arquivos normalmente são convencionados pelo próprio usuário, mas embora as extensões também possam ser, é melhor deixar que o aplicativo que gera o arquivo a coloque automaticamente no nome que você fornecer, pois geralmente elas identificam o tipo de programa que manipula o arquivo em questão, como mostram os exemplos na tabela ao lado.  

Além disso, se você mudar a extensão de um arquivo o programa que o gerou provavelmente não mais o reconhecerá, e não será mais possível trabalhar com ele. Para que isso não acontecer, basta nunca colocar ponto (.) no nome que definir para o arquivo, deixando o próprio programa colocar a extensão.

Windows

Como já foi visto, o Windows é um sistema operacional, sendo um dos primeiros programas a serem executados pelo computador. Sua função é deixar o computador pronto para operação. Através de um ambiente multitarefa, o Windows gerencia todo o processamento do computador, permitindo ao usuário executar vários programas simultaneamente.





Tela Inicial - Área de Trabalho

Após a inicialização do computador (procedimento de entrada em funcionamento), aparece uma tela semelhante à mostrada ao lado: é o que se denomina Área de Trabalho (“DeskTop”).

Os Ícones presentes na Área de Trabalho dependem dos recursos disponíveis e da configuração estabelecida pelo usuário, variando, portanto, de equipamento para equipamento. Porém, alguns ícones estão sempre presentes, como os seguintes:

Meu Computador (1) – permite o cesso aos discos existentes no equipamento, às impressoras e a aplicativos de configuração do computador.

Lixeira (2) – local de armazenamento temporário para os arquivos excluídos. Caso tenha se arrependido de excluir (apagar) algum arquivo, é possível recuperá-lo. Isso é detalhado mais adiante.

Barra de Tarefas

A Barra de Tarefas fica na parte inferior da tela. Ao se executar um programa (uma “tarefa”), o Windows cria um botão para o programa com a sua descrição (nome) nessa barra. Quando existirem vários programas “abertos” (isto é, sendo utilizados), você poderá ir de um para outro clicando o botão correspondente na barra de tarefas.



Botão Iniciar

É através desse botão que você pode “iniciar” uma série de tarefas em seu computador. Ao clicar sobre ele (uma vez com o botão esquerdo do mouse), aparece normalmente um menu contendo as seguintes opções: : Programas: exibe uma lista de programas existentes no equipamento e que podem ser utilizados/executados.

: Documentos: exibe uma lista de documentos (arquivos) que foram abertos recentemente por diversos tipos de aplicativos.
: Configurações: permite o acesso a aplicativos de configuração do sistema.
: Localizar: permite encontrar um arquivo ou uma pasta em algum disco ou drive.
: Ajuda: inicia a função de ajuda, para tirar dúvidas.
: Executar: executa programas selecionados.
: Desligar: executa os procedimentos para finalização ou reinício do uso do computador.


Executando um Programa

Existem duas formas de executar um programa:

: clicar duas vezes (rapidamente) com o botão esquerdo do mouse sobre o ícone do programa na área de trabalho, se ele existir;
: clicar no botão Iniciar (uma vez com o botão esquerdo do mouse), selecionar a opção Programas, e procurar pelo programa desejado no menu.

Como exemplo, o caminho para se chegar ao programa Paint (um editor gráfico simples) é o seguinte: Iniciar/Programas/Acessórios/Paint.
Janelas dos Programas

Nas janelas dos diversos programas utilizados no Windows, alguns elementos são comuns, como os descritos a seguir.

: Barra de Título. É a barra localizada na parte superior da janela, contendo o nome do aplicativo, e do arquivo por ele sendo manipulado. Posicionando-se o cursor do mouse sobre ela, é possível arrastar toda a janela para outra posição.
: Moldura. Possibilita que você mude o tamanho de uma janela posicionando o cursor do mouse nas suas bordas. Quando isso acontece, a forma do cursor se altera (para 1 ou 2) indicando que é possível mover a borda.
: Barra de rolagem Vertical/Horizontal. Situada normalmente à direita/embaixo da janela, ela possibilita visualizar um documento maior que a janela. Para isso, basta posicionar o cursor do mouse sobre a barra e arrastá-la.
: Barra de Menus. Presente em todos os programas, contém as principais opções disponíveis no aplicativo em questão. Para ter acesso a essas opções, pode ser utilizado o mouse ou o teclado. Caso queira utilizar o teclado, pressione a tecla [Alt] e a letra sublinhada da opção desejada. Para fechar um Programa, clique no ícone xXx. Note que o seu botão na barra de tarefas desaparecerá.



Atividade
Experimente mover, restaurar, minimizar e maximizar uma janela. Note que quando você minimiza uma janela, seu botão na Barra de Tarefas assume um aspecto diferente. Para restaurar a janela, basta clicar uma vez sobre esse botão. Feche um Programa clicando no botão fechar. Note que o seu botão na barra de tarefas desaparecerá

Windows Explorer

O Windows Explorer é um programa para Windows que nos permite visualizar, mover, copiar, renomear, excluir, localizar ou criar arquivos ou pastas. Para executar o Windows Explorer, basta clicar com o botão direito sobre a opção Iniciar na barra de tarefas, e em seguida selecionar a opção Explorar.

Note que essa janela apresenta à esquerda a estrutura hierárquica das pastas, ou árvore de diretório. À direita, mostra o conteúdo do item selecionado (“clicado”) na árvore à esquerda.
Drives




Na figura abaixo é possível observar na árvore de diretório algumas letras seguidas de dois pontos (:). Essa é a forma de se identificar drives (acionadores, ou dispositivos acionadores) de disco, ou unidades de disco. Geralmente, cada letra está associada a um único acionador de disco: A: indica o drive de disquete de 3½” na figura ao lado.

Principais Operações

Na tabela abaixo estão resumidas as principais operações que podem ser realizadas através do Windows Explorer. Os procedimentos mostrados são aplicáveis às várias versões do Windows.




Operação
Procedimento
Observações
Copiar Pasta ou
Arquivo entre Pastas

Selecionar a pasta ou arquivo desejado, clicar em editar/copiar. Ir até o local de
destino e clicar em editar/colar.

O arquivo ou pasta será copiado do local de origem para o de destino.

Copiar um Disquete

Colocar o disquete no drive A:, clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone correspondente (Disquete de 3½” (A:)) e  selecionar a opção Copiar disco... . Seguir as instruções.


Criar Pasta

Selecionar o local (pasta) em que a pasta
será criada. Selecionar a opção
Arquivo/Novo/Pasta

Digite o nome da pasta desejada e tecle
enter.

Excluir Pasta ou
Arquivo

Selecionar o arquivo ou pasta desejada e
pressionar a tecla [Del] ou [Delete].


Formatar um
Disquete

Colocar o disquete na unidade A: e clicar
com o botão direito sobre Disquete de
3½” (A:). No menu que aparecer, selecionar Formatar. Em seguida, Selecionar a opção Completa (recomendável) e clicar no botão Iniciar.

Se o programa avisar que não é possível formatar a unidade por ela estar em uso Windows, selecione outra qualquer (c:, por exemplo) com o botão esquerdo, e só depois clique apenas o botão direito com o mouse sobre Disquete de 3½” (A:).

Localizar Pasta ou
Arquivo

Clicar em Ferramentas/Localizar/Arquivos
ou Pastas. Abrir-se-á uma janela. Digite o
nome do arquivo que você deseja encontrar e clique em localizar agora.

É importante selecionar o drive correto: escolha C:, por exemplo, para que a
procura aconteça em todo o disco rígido.

Mover Pasta ou
Arquivo

Clicar com o mouse sobre o arquivo ou
pasta e, mantendo-o pressionado, arrastar para o local (pasta) desejado.


Renomear Pasta ou
Arquivo

Clicar uma vez sobre o arquivo. Esperar 2
segundos e clicar novamente. O nome da
pasta ou arquivo ficará disponível para edição (uma barra azul aparece sobre o nome). Digite o nome desejado e tecle [enter].


Visualizar Pasta
Na árvore à esquerda, clicar uma vez em cima da pasta. Ela será selecionada.

À direita é mostrado o conteúdo da pasta, que inclui tanto pastas como arquivos.



A Lixeira

Todos os arquivos excluídos são movidos para a Lixeira, que é um diretório ou pasta auxiliar. Caso você venha a se arrepender de uma exclusão, ou a realize por acidente, é possível reaver arquivo ou pasta excluída. Para tal, “abra” a Lixeira (duplo clique sobre o ícone lixeira na área de trabalho - ícone ao lado), selecione os arquivos a serem recuperados e, em seguida, selecione a opção Arquivo/Restaurar. Esse procedimento colocará novamente os arquivos ou pastas em seu local de origem. Quando tivermos certeza que os arquivos movidos para a Lixeira não são realmente necessários, podemos limpá-la. Para tal, basta abrir a lixeira e selecionar a opção Arquivo/Limpar Lixeira.

Como conseguir Ajuda

Para conseguir ajuda, ou seja, tirar alguma dúvida a respeito do uso de algum recurso do programa sendo utilizado, basta selecionar a opção ajuda na parte superior da janela. Isso vale para qualquer programa.

Desligando o Computador

Clicando-se em Iniciar, desligar,
teremos uma janela onde é possível escolher entre três opções:

1. Em Espera – Clicando neste botão, o Windows salvará o estado da área de trabalho no disco rígido e depois desligará o computador. Desta forma, quando ele for ligado novamente, a área de trabalho se apresentará exatamente como você deixou, com os programas e arquivos que você estava usando abertos.

2. Desativar – Desliga o Windows, fechando todos os programas abertos para que você possa desligar o computador com segurança.

3. Reiniciar Encerra e reinicia o Windows simultaneamente.
II. Para desligar o computador
1. Clique em Iniciar,
2. Clique em Desligar e, em seguida,
3. Clique em Desativar na lista suspensa.

Esse procedimento desliga o Windows para que você possa desligar o computador com segurança. Alguns computadores são desligados automaticamente










































Placa mãe e características


Também conhecida como "motherboard" ou "mainboard", a placa-mãe é, basicamente, a responsável pela interconexão de todas as peças que formam o computador. O HD, a memória, o teclado, o mouse, a placa de vídeo, enfim, praticamente todos os dispositivos, precisam ser conectados à placa-mãe para formar o computador. Este artigo mostrará as características desse item tão importante.

 
Visão geral das placas-mãe

As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos os dispositivos quem compõem o computador. Para isso, elas oferecem conexões para o processador, para a memória RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e saída, entre outros.
A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se de um modelo Soyo SY-KT880 Dragon 2. As letras apontam para os principais itens do produto, que são explicados nos próximos parágrafos. Cada placa-mãe possui características distintas, mas todas devem possibilitar a conexão dos dispositivos que serão citados no decorrer deste texto.
Item A - processador

O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido como socket, esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para modelos) específico. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na quantidade de memória cache, na tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as "perninhas") que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida para aceitar determinados processadores. A motherboard vista acima, por exemplo, é compatível com os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos da fabricante AMD) que utilizam a forma de conexão conhecida por "Socket A". Assim sendo, processadores que utilizam outros sockets, como o Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa.
Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em seguida, verificar quais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo lançados, novos sockets vão surgindo.
É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chip pode ter uma capacidade de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão também deve ser verificada no momento da montagem de um computador.

Item B - Memória RAM

O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. Esse conector varia conforme o tipo. As placas-mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente conhecido como SDRAM. No entanto, o padrão mais usado atualmente é o DDR (Double Data Rate), que também recebe a denominação de SDRAM II (termo pouco usado). A placa-mãe da imagem acima possui duas conexões (ou slots) para encaixe de memórias DDR.
As memórias também trabalham em velocidades diferentes, mesmo quando são do mesmo tipo. A placa-mãe mostrada acima aceita memórias DDR que trabalham a 266 MHz, 333 MHz e 400 MHz. Supondo que a motherboard só aceitasse velocidades de até 333 MHz, um pente de memória DDR que funciona a 400 MHz só trabalharia a 333 MHz nessa placa, o máximo suportado.
Em relação à capacidade, as memórias mais antigas ofereciam 4 MB, 8 MB, 16 MB, 32 MB, 64 MB, etc. Hoje, já é possível encontrar memórias que vão de 128 MB a 1 GB de capacidade. Enquanto você lê este texto, pode ser que o limite atual já esteja maior.

Item C - Slots de expansão

Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador, é necessário fazer uso de slots de expansão. Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos. Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems, etc, são conectados nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos atualmente são o PCI (Peripheral Component Interconnect) - item C1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR (Communications Network Riser) - item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais antigas apresentavam ainda o slot ISA (Industry Standard Architecture).
A placa-mãe vista acima possui um slot AGP (usado exclusivamente por placas de vídeo), um slot CNR (usado para modems) e cinco slots PCI (usados por placas de rede, placas de som, modems PCI, etc). A tendência atual é que tanto o slot AGP quanto o slot PCI sejam substituídos pelo padrão PCI Express, que oferece mais recursos e possibilidades.

Item D - Plug de alimentação

O item D mostra o local onde se deve encaixar o cabo da fonte que leva energia elétrica à placa-mãe. Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem ser do mesmo tipo. Existem, atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT (este último saiu de linha, mas ainda é utilizado). A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É importante frisar que a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador, as memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots. No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler (um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve para manter sua temperatura em limites aceitáveis de uso) devem receber conectores individuais de energia.

Item E - Conectores IDE e drive de disquete

O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Intergrated Drive Electronics) onde devem ser encaixados os cabos que ligam HDs e unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses cabos, chamados de "flat cables", podem ser de 40 vias ou 80 vias (grossamente falando, cada via seria um "fiozinho"), sendo este último mais eficiente. Cada cabo pode suportar até dois HDs ou unidades de CD/DVD, totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE. Note também que E1 aponta para o conector onde deve ser encaixado o cabo que liga o drive de disquete à motherboard.

Item F - BIOS e bateria

O item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria que o alimenta. Esse chip contém um pequeno software chamado BIOS (Basic Input Output System), que é responsável por controlar o uso do hardware do computador e manter as informações relativas à hora e data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir uma mensagem de erro quando o teclado não está conectado. Na verdade, quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando em conjunto com o Post, um software que testa os componentes de hardware após o computador ser ligado.
Através de uma interface denominada Setup, também presente na Flash-ROM, é possível alterar configurações de hardware, como velocidade do processador, detecção de discos rígidos, desativação de portas USB, etc.

Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros

O item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas para a conexão do mouse (tanto serial, quanto PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada principalmente por impressoras), além de outros que são disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe. Esses itens ficam posicionados de forma que, quando a motherboard for instalada em um gabinete, tais entradas fiquem imediatamente acessíveis pela parte traseira deste.

H - Furos de encaixe

Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso é feito através de furos (item H) que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos. Para isso, é necessário que a placa-mãe seja do mesmo padrão do gabinete. Se este for AT, a placa-mãe deverá também ser AT. Se for ATX (o padrão atual), a motherboard também deverá ser, do contrário o posicionamento dos locais de encaixe serão diferentes para a placa-mãe e para o gabinete.

I - Chipset

O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-mãe, como acesso à memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante comum que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte Norte (I2):
Ponte Sul (South Bridge): este geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de entrada e saída, como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard (visto adiante), podem incluir o controle desse dispositivo também na Ponte Sul;
Ponte Norte (North Bridge): este chip faz um trabalho "mais pesado" e, por isso, geralmente requer um dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe em que esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de uma estrutura metálica. Essa peça é dissipador. Cabe à Ponte Norte as tarefas de controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na qual o processador se comunica com a memória e com componentes da placa-mãe), da freqüência de operação da memória, do barramento AGP, etc.

Placas-mãe onboard

"Onboard" é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais dispositivos de expansão integrados. Por exemplo, há modelos que têm placa de vídeo, placa de som, modem ou placa de rede na própria placa-mãe. A motherboard estudada neste artigo possui placa de som (C-Media CMI9761A 6-channel) e placa de rede (VIA VT6103 10/100 Mbps Ethernet) integradas, ou melhor, onboard. Por esta razão, os conectores desses dispositivos ficam juntos às entradas mostradas no item G, visto anteriormente.
A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez que deixa-se de comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa-mãe. No entanto, é necessário ter cuidado: quanto mais itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho do computador será comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas dos dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede onboard não influenciam significantemente no desempenho, mas placas de vídeo e modems sim.
As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é responsável pela geração de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal, principalmente quando trata imagens em 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo quando acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba "tomando atenção" do processador, além de usar parte da memória RAM.
Se um computador é comprado para uso em uma loja ou em alguma aplicação que não requer muito desempenho, a compra de um computador com placa-mãe onboard pode ser viável. No entanto, quem deseja uma máquina para jogos e aplicações mais pesadas deve pensar seriamente em adquirir uma placa-mãe "offboard", isto é, com nenhum item integrado, ou no máximo, com placa de som ou rede onboard.



HD - O que é e como funciona:

HD é a sigla para Hard Disc. Também conhecido como winchester, trata-se de um aparelho responsável por armazenar informações permanentemente nos computadores. Todas as informações que você tem no seu computador, como documentos, planilhas eletrônicas, arquivos em MP3, programas e o próprio sistema operacional, só estão no computador porque estão armazenados em um HD. O funcionamento deste dispositivo, assim como alguns conceitos que o envolvem, será explicado aqui.

Como surgiu o HD

O primeiro relato oficial do surgimento de um HD ocorreu no ano de 1956, quando a IBM lançou o dispositivo de armazenamento 305 RAMAC (Random Access Method of Accounting and Control), que tinha capacidade de armazenamento de 5 MB. Este HD tinha dimensões enormes para os padrões atuais (14 x 8 polegadas) e custava 35 mil dólares. Na verdade, o 305 RAMAC não era um disco rígido em si. Simplesmente foi um dos primeiros meios de armazenamento de dados por meios magnéticos.
No ano de 1973, a IBM por fim, lançava um dispositivo que realmente poderia ser chamado de disco rígido. Em 1980, a empresa lançou o IBM 3340. Este HD tinha pouco mais de 5 polegadas e foi lançado em duas versões, sendo uma com capacidade de armazenamento de 5 MB e a outra com capacidade de 10 MB. Para os padrões atuais, um HD com 5 ou 10 MB é insignificante, mas naquela época, representou uma revolução, pois até não se consumia muitos bytes em dados e os sistemas de armazenamento eram baseados em fitas.

Os componentes do HD

Para entender o funcionamento do HD é necessário conhecer os componentes que o compõem: discos (onde os dados são efetivamente armazenados), cabeçote de leitura e gravação, atuador e controladora. Existem outros dispositivos, mas os citados são mais importantes. A foto abaixo mostra a imagem de um HD produzido pela empresa Maxtor. Todos os seus componentes ficam dentro desta "caixa metálica".



 
O primeiro item que vamos ver são os discos. Neles é que as informações são armazenadas. Os discos (geralmente feitos de alumínio) possuem uma camada externa de material magnco. Sobre essa camada, geralmente há outra, com material lubrificante, que tem a finalidade de proteger a superfície do disco no caso de contato físico com os cabeçotes. Um HD pode ter de 1 a 5 discos (um embaixo do outro). Tecnicamente é possível ter mais, no entanto, o aparelho teria dimensões maiores. Num HD de 80 GB, por exemplo, podem existir 4 discos, cada um com capacidade de 20 GB, mas isso varia de fabricante para fabricante. Na imagem abaixo, é possível ver a posição em que os discos são colocados no HD.

Agora, vejamos outro componente importante dos HDs: o cabeçote. Trata-se de um dispositivo muito pequeno que fica na ponta de uma peça conhecida como atuador, que tem a função de movimentar-se do meio até a borda dos discos enquanto estes giram. Esse trabalho, consiste nos processos de leitura e gravação, ou seja, é o cabeçote que lê e armazena dados nos discos. O cabeçote em si, é uma espécie de bobina, que converte energia elétrica em impulsos magnéticos no processo de gravação e faz o contrário no processo de leitura.
Como um HD pode ter mais de um disco, sendo um embaixo do outro, o mesmo pode ocorrer com os cabeçotes. Além disso, são comuns HDs que possuem dois cabeçotes, sendo cada um dedicado a um lado do disco. Um fato curioso, é que olhando diretamente para o cabeçote, tem-se a impressão de que este está "grudado" no disco. A verdade, é que a distância entre o cabeçote e um disco é menor que a espessura de um fio de cabelo. Por isso, existem mecanismos para proteger os discos no caso de contato entre ambos, pois quando isso ocorre, há grandes chances da camada magnética ser danificada e causar a perda permanente de dados. É por esta razão que é importante evitar quedas do computador ou então dar pancadas quando ele trava por alguma razão. As pancadas podem fazer o cabeçote e os discos se tocarem (head crash).
Outro detalhe que é importante frisar, é que geralmente, o que faz o cabeçote se manter na posição adequada para gravar/ler dados é o ar proveniente da rotação dos discos. Essa rotação, assim como a movimentação do atuador, é feita por dispositivos conhecidos como motores. Quando os discos param de girar, há um mecanismo que leva o cabeçote até uma área conhecida como "landing zone" ou "área de repouso". Trata-se de um local que não é usado para armazenar dados e que fica no centro do disco.
O processo de armazenamento de dados
Para armazenar e localizar dados em um HD, um dispositivo chamado controlador (ou controladora) se utiliza de informações conhecidas por número de trilhas, setores e cilindros. O conjunto dessas informações é denominada "geometria de disco". No processo de fabricação do HD existe uma formatação (formatação pode ser entendida como mapeamento) que define a forma de armazenamento, dividindo cada disco em trilhas e setores. Os cilindros são trilhas concêntricas na superfície dos discos e estas trilhas são divididas em setores. Estes, por sua vez, são "pedaços" do HD. Observe a ilustração do disco abaixo para entender melhor.

Um fato interessante é que os HDs possuem um cache que tem a função de armazenar informações sobre um determinado setor. Os tamanhos de cache dos primeiros HDs eram de 64 KB. Hoje, são encontrados HDs com cache de 2 MB a 8 MB.